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Após um ano e meio, órgão disponibiliza relatório oficial do acidente que levou Marilia Mendonça

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De acordo com especialistas, o relatório não vai atribuir culpa a um ou outro, e sim, ao conjunto de fatores que levaram ao ocorrido.

Em 5 de novembro de 2021, o Brasil inteiro parou para assistir o noticiário falando a todo momento, do acidente que levou a jovem cantora Marilia Mendonça, no auge de sua fama.

A cada nova notícia, a esperança de sobreviventes ia se esvaindo e o desespero dos fãs e familiares dos envolvidos chegava no pico da desolação.

Desde então, várias especulações foram feitas sobre possíveis irregularidades na aeronave. Bem como falha do piloto, falta de sinalização dos fios de energia, pane elétrica e outros.

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Todas parcialmente descartadas em novo relatório lançado está semana pelo Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

De acordo com os especialistas, o relatório não tem como finalidade atribuir culpa aos órgãos responsáveis pela pista, aeronave usada ou pilotos. Mas sim, sugerir mudanças a todos os órgãos competentes, a fim de evitar novos acidentes.

Fatores contribuintes

Ainda de acordo com especialistas, não seria um fator ou outro que causou o acidente, e sim uma série de fatores que em efeito dominó, causaram o acontecimento.

E segundo o relatório, houve sim alguns fatores dominós que facilitaram a queda da aeronave bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo, como por exemplo:

Os fios de para-raios no local – de acordo com especialistas “Era possível identificar as torres mas não os fios” que não estava bem sinalizados.

Apesar de a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não considerar como irregularidade por diversos fatores. Fica claro que faltou alguma sinalização para que houvesse a percepção dos pilotos de que haviam fios de energia no local. 

Ainda de acordo com os especialistas, os fios possuem baixo contraste com a vegetação do local, o que torna bem difícil de vê-los

O piloto voando baixo – mesmo com 33 anos de experiência em aviação, o piloto pode ter realizado uma manobra de aterrissagem comum em aviões de grande porte, o que não era o caso do bimotor do acidente.

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Em outras palavras, o piloto começou a abaixar o avião bem antes da pista de aterrissagem isso costuma dar mais comodidade aos passageiros. Entretanto, não se atentou que entre as torres de energia, poderiam ter fios.

Por estar muito baixo, o avião trombou nos fios, fazendo com que o motor esquerdo se desprendesse da aeronave quando ainda estava no ar.

Além disso, há uma grande possibilidade de que os pilotos estivessem com sua atenção direcionada para a pista de pouso, uma vez que a descida foi alongada em uma distância significativamente maior do que a esperada para uma aeronave daquele porte.

Veja o relatório completo na integra clicando aqui.

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Sobre o acidente

O acidente que matou Marilia e mais 4 pessoas ocorreu em 5 de novembro de 2021. As outras vitimas foram: o piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro e o tio da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho.

A morte de ambos foi constatada por um médico, no local do acidente. O laudo ficou marcado como politraumatismo contuso, que em outras palavras, equivale a junção de lesões, contusões e ferimentos distribuídos por diversas partes do corpo.

A cantora e sua equipe estavam indo de Santa Genoveva, em Goiânia (GO) para a cidade de Piedade de Caratinga. Local onde seria realizado o show da cantora, naquela noite.

De acordo com a imprensa, a equipe de Marília Mendonça fechou o contrato com a empresa de táxi aéreo em 30 de outubro para o voo ocorrer em 5 de novembro.

O piloto e copiloto foram escolhidos por possuírem um perfil reservado e profissional, considerados uns dos melhores para aquele tipo de voo.

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Sendo o piloto com cerca de 33 anos de profissão e o copiloto com 13 anos de experiência.

Recomendações

Por fim, após o grave acidente e as constatações realizadas no relatório, foram elaboradas algumas recomendações para os órgãos competentes. Sendo elas:

  • Vistoria e melhorias no Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional da empresa aérea responsável pelo paramotor;
  • Elevação da altitude em que os aviões se aproximam do aeródromo de Ubaporanga;
  • Uniformização de duas regras diferentes na aviação constantes na Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) e no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC);
  • Incremento de ações para melhorar a cultura da segurança e gerenciamento de riscos; e
  • Sinalizar, em caráter excepcional, a linha de transmissão atingida pela aeronave que levava Marília Mendonça.

Apesar de serem apenas recomendações e não determinações, as empresas garantem que irão em conjunto, tomar providencias para que acidentes como esse não venham acontecer novamente.

Lizandra Carvalho

Jornalista há mais de 5 anos, escritora apaixonada por viagens e promoções, agora aspirante no mundo das milhas, com uma longa bagagem de estudos e aventuras para contar.